As pesquisas eleitorais surgiram no país há mais de meio século. Mais duradouras que a própria democracia, essas máquinas de captar e aferir tendências buscam reproduzir, com base em entrevistas e projeções matemáticas, cenários reais, seja para averiguar quantos ouvintes tem uma emissora de rádio, seja para verificar o nome mais adequado para uma nova marca de sabão em pó. Os institutos de pesquisa, porém, ganham destaque quando o assunto é eleição.
Com a divulgação das pesquisas uma injeção de ânimo toma conta de alguns comitês partidários enquanto que o baixo astral instala-se em outros. Mas seria este o poder das pesquisas? Por que há tanta reclamação em relação às suas divulgações? Elas fazem mal à democracia ou à liberdade de escolha?
De acordo com o estudante Henrique Braz o resultado das pesquisas influenciam sim o seu voto “Acho que as pesquisas influenciam muita gente, principalmente os indecisos. ”
Para o cientista político Marco Aurélio Zuchi a tendência das pessoas que estão indecisas é votar em quem vai ganhar: o chamado voto válido: “Estar em primeiro lugar nas pesquisas é trazer os indecisos para seu lado. Eu sou a favor de proibir publicações de pesquisas por influenciar tanto as pessoas. A intenção da pesquisa que é para o candidato definir uma estratégia de campanha, decidir qual caminho tomar, acaba perdendo o sentido” pontua Marco Aurélio.
Já Paulo Roberto, também cientista político, acredita que as pesquisas influem muito mais no ânimo dos militantes do que sobre o eleitor comum.

